segunda-feira, 26 de maio de 2008

Inauguração. Com direito a balões, decoração, hits do momento e muita gente bonita.

Estou frustada.
Tudo começou com a simples vontade de publicar de alguma forma as coisas que escrevia. Sempre tem aquela pessoa que lê, gosta e questiona sobre o porquê daquilo estar “escondido”, longe dos olhos daqueles que podem gostar ou por hora odiar o que traçou em linhas. Preparada para as críticas e ansiosa por elogios ( lógico) publico o primeiro e possivelmente único texto do meu blog. O motivo se deve ao fato de que o projeto de um blog virou um portfólio. São os planos que tenho a príncipio, apesar de que tratando-se de palavras de uma publicitária, nunca devemos confiar numa promessa de linearidade. E é exatamente aí que está o segredo do sucesso no processo de sedução da mensagem publicitária: Quando você acha que já viu de tudo, que o estoque de metáforas, hipérboles e recursos audioviduais já foram usados de todas as maneiras possíveis, eis que aparece algo totalmente inovador. E não se surpreenda se o criador dessa representação mental, tenha acendido sua lâmpada fabricante de idéias quando tomava banho, durante o processo de realização das suas necessidades fisiológicas ou até mesmo em uma visita ao manicômio. A idéias aparecem nas situações mais inusitadas.
Voltando às minhas frustrações, depois de optar por um portfólio digital, ocorreu-me que ainda lhe faltava um endereço e conseqüentemente um nome. Botei minha mind's writer ( neologiosmo inglês de minha autoria) pra trabalhar e lembrei da minha primeira frustração como aspirante à publicitária: “ A imagem vale mais do que mil palavras”. Como assim? Então quer dizer que teremos que conectar milhões de palavras para tentar chegar aos pés de uma imagem vetorizada e ligeiramente modificada que dizem valer por todos os signos, significantes e siginicados de todo o mundo? Pierce deve estar se revirando em seu túmulo. Pobre!
Eu entendo que a dinâmica do dia-a-dia exige que toda mensagem seja rápida e simples. E que muitas peças sem texto cumprem sua função de vender um produto e/ou uma idéia. Não defendo anúncios exclusivamente all type. Só não quero que minha função seja excluída das agências de publicidade ou que tenha que passar o resto da minha vida pensando num jeito criativo de escrever bulas de remédio. Existem sim aqueles que ainda desfrutam de uma leitura de boa qualidade e que sabem responder a ela criticamente. Imagem não é nada, texto é tudo? Ou quem sabe Imagem é tudo, texto não é nada? Pra mim a imagem tem seus momentos de plenitude, bem como o texto. E foi dessa paródia do slogan “Imagem não é nada, sede é tudo” que advém minha segunda frustação. Cliquem no link http://www.rabisco.com.br/87/imagem_nao_e_nada_text_e_tudo.html e matem sua curiosidade (se ela de fato existir).Após a leitura, só tenho a comentar que qualquer semelhança é pura coincidência ( eu tive a idéia primeiro ta?).
IMAGEM NÃO É NADA, TEXTO É TUDO! ( digam amém).